quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Parafraseando Bethânia


(...) "E pra onde você for
não leve meu nome não"(...)
Ou talvez o leve.
Talvez esse
seja a única coisa boa que consiga proferir.
Com certeza esse é e será
a única luz que iluminará suas memórias passadas.
Pois a chama das tuas perspectivas futuras
estão apagadas dentro da tua taberna escura,
pintada de uma cor sombria, chamada mentira.

sábado, 18 de abril de 2015

Amanhã

Como posso esquecer
Tudo o que me fez viver
Como posso não querer
Tudo o que sonhamos ter

Amanhã
Espero esquecer este pesadelo acordado
E me libertar de toda angústia sofrida

E correr a te abraçar
deixar o coração acelerar outra vez
me enrolar nos nossos lençóis
sujo de outros e tentar me esquecer

Tentar fazer coisas que ainda não fez
Ou reinventar coisas que você fez
Traçar novos caminhos, outra vez

Ontem foi só um caso de amor
Hoje o ar que eu respiro é você
Amanhã já não dá pra viver
sem mais querer te ver

Quero que amanhã
O tempo traga você de volta
por inteiro, limpo sem amarras
para que possamos apenas VIVER!
Queimar ou esfriar

Me aqueço ou me esfrio?
calor ou frio?
intensidade ou tranquilidade?

Me joga em teus passos
me prenda nos teus laços
me aqueça em teus abraços

Como é que explodimos de paixão?
E nos esfriamos nas desilusões?
Como vivo com as suas abnegações?

Gostaria de apagar o presente
Reviver o passado
e sonhar com o futuro que há de vir

Nele gostaria de só te ter
viver para te amar
e feliz ser

Meu grande amor
quanta magia, quanta alegria
quanta mentira, vem de você

Meu grande amor
Nos nossos passos
joga teu laço
e me prenda em teus braços


Das cinzas

De lá eu não vim
mas aqui eu vivo
e não vejo cor, só cinza

Esperanças caras
Propostas baratas
amor gratuito

Na mesma moeda em que te pago amor
recebo a outra face do teu querer

O teu bem querer
não é nosso
não sou

A minhas opções são reconstruídas
até se esvair a ultima
quantas ainda terei?

Quanto de dor suportamos?
Quão fortes somos?
Quem somos?

Vejo todas as cores vivas
Mas não as enxergo!
Percebo apenas a escuridão dos atos

Quando dói, dói pra valer
Quando vem, vem pra valer
Queria o pra sempre
Queria que me trouxesse o sol

E gostaria que brilhasse apenas no nosso olhar
Queria que pintasse o meu céu de azul
E me tirasse toda desilusão

Será que enxerga as cores?
Ou apenas pinta os teus quadros?!
SE não és capaz
me ensine a ser!

Dia cinza

A cada nuvem que passa
percebo a desilusão sombreada
crio novas mascaras

Iludo novas possibilidades
sonho com um novo amanhecer
Ouço novas certezas

Mas tudo que tenho
São repetidas mentiras
e garantidas desilusões

Minhas mascaras criadas
se caem, minha defesa
se esvai com o sopro escuro
das nuvens tristes do teu meu

Dias de sol
dias de solidão alegres
dias de chuva
Companhia só