domingo, 28 de março de 2010


Canto do pranto


Quando passaste por mim

A primeira certeza tive sim

Que logo roubara-me o coração


Como medo fugi

Mas um anjinho não quis assim

Um feinho querubim

Tratou de empurrar-me para seu botequim


Hoje agradeço a este anjo mirim

Que por fim olhou por mim

Mas ontem não gostava dessa vida assim

Um dia comendo, outro sem fim


Hoje meu amor me chamou

E disse que não via mais brilho em mim

E eu perguntei, cadê essa miséria de querubim?



Canto do amanhã


Vou ganhar-te no cheiro

Encher-te de beijo

Roubar-te de beijo


E ensinar-te que só em mim

Encontraras o que procuras

Mostrarei-lhe a alma de um querubim


Vou ganhar-lhe na cama

E lhe mostrar que não tem trama

Trema grite, mas não resiste


Só com meu beijo voce se desarma

E com sua louca vontade arma

Um infinito camino, ou nosso carma


Vou te ganhar amando

E te ensinar a verdade sonhando

E despedir-me amanhã chorando.