segunda-feira, 13 de julho de 2009


AMIGO, MEU INTÍMO



No meu consumo
Procuro minhas verdadeiras amizades
Mas nelas sumo
Ou será que não era verdade?

As vezes me busco, mas não me satisfaço
Talvez não quero, me achar
Ou mesmo quero me aquietar
Quero mesmo a força do silencio

Momentos de grandes entregas
De pensamentos coletivos
De planos semelhantes e já traçados
De um querer, sem querer, falas:

Não me digas
Pois não queres falar
Apenas o meu momento tu queres sugar
E ao futuro o que dirás?

Devo dizer que teu carinho é falso?
Ou que tuas juras eternas eram possibilidades?
Que teu amor eram oportunidades?
Ou ainda que nosso coletivo era apenas um solo?

Porque mentis assim?
Para mostrar sua injuria.
Ou melhor, seria...
Para aproveitar de um vão momento e destruir o que ainda há teu em mim?

Qual o valor de uma amizade para você?
Aonde aprisiona seus amores?
Por onde escondes seus rancores?
Por que as desconta em amizade e os inverte em inverdade?

Tu não tens gratidão?
Já conheceu a solidão?
Porque já disse que me ama
Se nunca quis esta fala?

Não se afaste
Deixa, me afasto eu
Fim do meu ego
Verdade sem face

Não chame a ninguém de amigo
Se no teu momento intimo seu ego
Preza a pureza do oportunismo
para voce ser amigo nada mais é, do que teu momento intimo!